"Lucrécia e Dom Rigoberto vivem em contínua felicidade. Ela, uma mulher
que acaba de completar 40 anos, nada perdeu de sua elegância e
sensualidade; ele, no segundo casamento, descobriu finalmente os
prazeres da vida conjugal. Juntos, crêem que nada pode afetar esse
idílio, cheio de fantasias e sexo. Alfonso, ou Fonchito, filho de dom Rigoberto, parecia ser o único
empecilho; amava demais sua mãe, Eloísa, para aceitar a chegada de uma
madrasta. Mas até ele foi conquistado pelos encantos de dona Lucrécia. O amor do menino por sua madrasta, entretanto, vai muito além do que se
esperaria de uma criança, criando uma linha tênue entre a paixão e a
inocência que mudará o destino de cada um deles. Publicado no final da década de 1980, Elogio da madrasta é uma incursão
bem-humorada e sutil de Vargas Llosa, um dos mais importantes escritores
de língua espanhola da atualidade, na literatura erótica e, ao mesmo
tempo, uma sátira bem-humorada dos mitos e temas que consagraram esse
estilo literário ao longo dos séculos."
Edição: 1
Editora: Alfaguara
ISBN: 9788560281732
Ano: 2009
Páginas: 160
Tradutor: Ari Roitman e Paulina Wacht
Editora: Alfaguara
ISBN: 9788560281732
Ano: 2009
Páginas: 160
Tradutor: Ari Roitman e Paulina Wacht
Ok. Que livro estranho! Mas vamos lá...
Quando Don Rigoberto decide se casar novamente com Lucrécia, o que todos pensam é que Alfonso, filho de Don com outra mulher, será o grande problema deste novo casamento, afinal, que filho gosta de ver sua mãe ser substituída? O que ninguém esperava era que Lucrécia e Fonchito (como ele é chamado por ela) se dariam tão bem. E COMO! O que posso dizer de antemão é que se trata de um livro para maiores de 18 anos, uma vez que as noites de Don Rigoberto e Lucrécia são bem detalhadas.
Não consegui entender direito a idade que Alfonso tem, pois no início do livro ele é apresentado como um garotinho com cachinhos dourados e cara de anjo e ingênuo, nos dando a entender que ele tem em torno de 10 anos. Mas depois, ele passa a ter relações sexuais (veja só!) com Lucrécia e... Enfim, não é possível que ele tenha 10 anos, né? Imagino então que tenha 13/14.
Em alguns capítulos do livro, o autor coloca uma pintura e faz uma "analogia" da mesma, que pareceu-me totalmente sem nexo, como se ele fugisse da história principal para viajar um pouco. Se alguém que leu entendeu o que isso significa, por favor me explique.
Quando eu digo que o livro é totalmente detalhado, não é mentira. Você acha necessário ler sobre a "defecação" de Don Rigoberto?! Pois é... Quando eu estava lendo, imaginei que, por algum momento, aquilo era uma brincadeira com o leitor. Porque, meu Deus... Se não acreditam, veja só:
"Don Rigoberto entrecerrou os olhos e fez
pressão, suavemente. Não era preciso mais nada: sentiu de imediato a comichão
benfeitora no reto e a sensação de que, lá dentro, nos vãos do baixo-ventre,
algo submisso se dispunha a partir e já transitava por aquela porta de saída
que, para facilitar a passagem, se alargava. O ânus, por sua vez, tinha
começado a se dilatar, antecipando, preparando-se para concluir a expulsão do
expulso, para depois se fechar e comprimir, com suas mil ruguinhas, como se
estivesse caçoando: “Deu o fora, sacana, e nunca mais vai voltar.”
Don Rigoberto sorriu, contente. “Cagar,
defecar, excretar, sinônimos de gozar?”, pensou. Sim, por que não. Desde que
seja feito devagar e concentrado, degustando a tarefa, sem a menor pressa,
prolongando, provocando um estremecimento suave e sustentado nos músculos do
intestino."
Mas essa é só uma parte do livro... Calma! haha A história em si gira em torno de Fonchito e sua paixão por Lucrécia. Primeiramente, se apaixona pelos beijos de boa noite. Depois, passa a subir no telhado para vê-la tomando banho e daí por diante vocês vão ficar sabendo quando lerem o livro.
✩✩ - Regular.
OBS.: Existe um livro que foi escrito por Llosa 10 anos depois da publicação deste, que é a continuação. Se chama "Cartas de Don Rigoberto". Mas, sinceramente, não sei se lerei rs.
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