segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

[OUTROS] Ressaca Literária

E quem diria, hein?! Eu tive uma ressaca das bravas, pois é :/ Nunca tinha acontecido comigo e dessa vez me pegou de jeito. Se você não sabe do que eu estou falando, vem comigo!!!


A ressaca literária ocorre por dois motivos:

1 - você leu um livro que amou muito e, quando terminou, não consegue encontrar outro que te dê tanto prazer na leitura como ele.
2 - uma overdose de livros: você decide ler compulsivamente ou acaba fazendo sem com que perceba e, do nada, simplesmente não consegue mais pensar em deitar pra ler algo.

A minha foi a segunda. Comecei a ler compulsivamente numa época em que trabalhava e ia pra faculdade. Li sem pensar no amanhã. Depois de um tempo, simplesmente não consegui mais ler nada. Olhava para minha estante e tinha dó de deixar todos aqueles livros parados lá e cheguei até mesmo a me arrepender de tê-los comprado. Minha ressaca foi tão forte que eu preferia ficar deitada olhando para o teto ao ler um livro e durou tanto que pensei que talvez eu tivesse desistido de vez da literatura. Até que um dia fiquei com vontade de ler algo engraçado e li A Pílula do Amor, do qual fiz resenha aqui no blog. Depois dele, li Um amor de Detetive e Alta Sociedade, ambos da mesma autora. E, agora, voltei a ler Os Miseráveis, que deixei parado na estante.

O meu maior problema é que eu nem imaginava que essa "doença" existia! Foi por acaso que, ao assistir um vídeo no youtube com a tag "problemas de um leitor" ouvi esse nome e falei: OPA! ERA ISSO!
 Eu nunca tinha conversado com outra pessoa que já tivesse passado por esse problema e é realmente assustador quando não se sabe o que é e por quê surgiu.

Como saber se estou com ressaca literária?


Você pegou um livro na estante, começou a lê-lo e não tem vontade nenhuma de continuar. Então parou, pegou outro. Esse segundo também não foi pra frente... Nem o terceiro...


Esse é um dos sintomas. Não conseguir gostar de nada que se lê. O problema não é o livro, é você!

Outro sintoma é nem mesmo conseguir pensar em ler algo, como o que aconteceu comigo. Eu me sentia como aquelas pessoas que odeiam ler, sabe?

Como curar?


A cura existe e geralmente vem com o "repouso" e com o tempo. O tempo é o único remédio. Deixe os livros de lado, faça outras atividades que, com o tempo, a vontade voltará. Uma ótima dica é: não se force a ler nada, só vai piorar a situação. Aceite o problema e encare-o!




Enfim, é isso. Espero que nunca sofram desta "doença" rs mas caso ela apareça, mantenha a calma! haha


terça-feira, 18 de novembro de 2014

[RESENHA] A Pílula do Amor - Drica Pinotti

"Esta poderia ser mais uma daquelas histórias em que a protagonista está na faixa dos 30 anos, é bonita, descolada, tem um emprego legal, uma mãe meio rebelde e sonha com um grande amor que de preferência não dê muitos palpites em sua vida. Poderia, se Amanda não contasse com um ingrediente a mais: ela é totalmente, absolutamente, hipocondríaca. Não passa uma semana sem se presentear com uma consulta ao novo especialista da cidade, seja lá qual for a especialidade."







ISBN: 9788579270871

Ano: 2010  Páginas: 280

Editora: Prumo












Amanda é uma hipocondríaca e, pra quem não sabe o que é isso, ela é viciada em doenças. Até aí eu já sabia, tudo bem. Acontece que eu nunca parei para pensar como era a vida de uma pessoa hipocondríaca. Nunca imaginei com que intensidade isso poderia ocorrer e como realmente funcionava. Até que encontrei esse livro. 

Aí vocês estão pensando: como essa história pode se tornar uma comédia romântica?

E é isso o que Drica consegue fazer. Sim, a historia de uma hipocondríaca e viciada em remédios é hilária. Ela soube abordar o tema com humor, sem desrespeitá-lo. Há quem diga que você passa a odiar a Amanda por toda a frescura dela. Vi uma resenha em que a autora do blog comentava sobre ela ser mesquinha e querer tudo do jeito dela. Essa e uma característica da personagem. Nem todos os personagens tem que ser legais e agradar todo mundo, né?

O que me irritava sim um pouco em Amanda era que ela estava sempre em busca de um homem perfeito, sendo que ela mesma tinha diversos problemas, sendo a hipocondria o maior deles. Hm, Amanda... melhor pensar melhor antes de rejeitar alguém... 

Além de toda a narrativa sobre Amanda, a autora nos revela também como essa doença acaba interferindo na vida pessoal da personagem com sua família e, inclusive, a causa da hipocondria. 
O livro nos revela uma história perturbadora e ao mesmo tempo romântica dessa advogada que, cada vez mais, está metida em encrencas. Super rápido de ser lido e uma comédia romântica engraçada(inha), é um bom passatempo!
✩✩✩ - Bom

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Pedido de perdão e uma indicação.

Primeiramente tenho que me desculpar pela ausência. É... nem tudo está tão fácil como antes. Faculdade um tanto quanto corrida, estágio... Enfim, final de ano. 
Confesso que aconteceram algumas coisas que me desanimaram um pouco com a leitura e acabei por dar um tempo aos livros. Nunca havia sentido algo assim, um cansaço... uma preguiça! Mas aconteceu e, como para mim, acima de tudo, o livro é uma diversão, eu não quis me obrigar a ler algo que fosse me deixar mais cansada e com menos vontade de lê-lo. Então dei um tempo...

E agora a vontade de ler voltou... mas um tanto quanto diferente.
Por conta dos momentos que venho passando acho que preciso de algo que me anime. Acabei lendo/assistindo muitas coisas de suspense e terror e meio que NÃO AGUENTO MAIS! Quero algo engraçado. Como Sophie Kinsella. Aqueles livros que você ri do início ao fim. Acontece que todos os que eu conheço que são desse estilo... já foram lidos :( 


Algum santo, pelo amor de Deus, me indica algum livro mega engraçado? Para que eu possa voltar com tudo nesse mundo da literatura?

Muitíssimo obrigada e, mais uma vez, perdão :(

sábado, 27 de setembro de 2014

[HQs] Lidas recentemente

Turma da Mônica: Laços

A HQ começa com Cebolinha ganhando o Floquinho... Logo depois, o tempo passa e o Floquinho some! A turma da Mônica se junta para procurá-lo e a aventura está só começando. As brigas, as discussões... estão sempre presentes. Mas o que está realmente presente é o amor entre os personagens, a família que construíram. História muito legal. Pena que é curtinha :( Adorei!

O traço dos personagens é bem diferente, uma vez que são criados por Vitor e Lu Cafaggi. Todos os personagens ficaram lindos de morrer! É uma paixão só! 








Edição: 1
Editora: Panini Comics
ISBN: 9788565484572
Ano: 2013
Páginas: 84











Vejam que lindo esse traço! Me apaixonei por esses personagens! <3


Sweet Tooth - Jeff Lemire

Sweet Tooth conta uma história pós apocalipse, onde todas as crianças nascem híbridas (meio humano, meio animal). Gus é um híbrido que vive com seu pai (humano normal) na floresta, longe do mundo. Seu pai falece e Gus é encontrado e levado por um homem à um local cheio de outros híbridos. O porquê dessa "praga", quem é Gus, o que está acontecendo no mundo? Quem são as pessoas que os rodeiam... Tudo isso é contato em 6 revistinhas espetaculares, que valem muito a pena serem lidas. 
A história é triste, já vou logo avisando! Mas o final é muito muito muito bom!!! 







Edição: 1
Editora: Panini Comics
ISBN: 0
Ano: 2012
Páginas: 132
Tradutor: Érico Assis











Sandman - Neil Gaiman

Iniciei a leitura de Sandman muito recentemente, estou só na 4ª revistinha e não me sinto apta pra falar desse assunto haha É tudo tão espetacular e complicado, ao mesmo tempo, que tenho que ler muito e pesquisar muito pra depois conseguir fazer uma resenha completa sobre ele. Sandman é o maior sucesso de Gaiman desde que foi criado. Em resumo:

"A série conta a história de Morfeus, um dos Perpétuos — criaturas análogas aos deuses, mas ainda maiores — responsável pelo Mundo dos Sonhos. Basicamente, ele controla e tem acesso a todos os sonhos da humanidade e de todas as criaturas capazes de sonhar, sendo o senhor do Mundo dos Sonhos, a terra aonde vamos em nossas horas de sono. Quando uma ordem mística tentou capturar a irmã de Sonho, a Morte, em seu lugar eles capturaram Morfeus. Assustados com o que conseguiram, os membros da ordem o mantiveram cativo. E assim teve início um período de diversas décadas em que esse Perpétuo ficou trancafiado à mercê de seus captores, deixando o Mundo dos Sonhos abandonado e os sonhadores desamparados. A série nos revela como ele se libertou e como foi capaz de se adaptar no mundo após tantos anos de ausência, e também nos mostra um vislumbre de sua história e da mitologia dos Perpétuos."


Reparem que Sandman leva no peito o "filtro dos sonhos". Achei demais!


[RESENHA] Sete Dias Sem Fim - Jonathan Tropper

"Judd Foxman pode reclamar de tudo na vida, menos de tédio. Em questão de dias, ele descobriu que a esposa o traía com seu chefe, viu seu casamento ruir e perdeu o emprego. Para completar, seu pai teve a brilhante ideia de morrer. Embora essa seja uma notícia triste, terrível mesmo é seu último desejo: que a família se reúna e cumpra sete dias de luto, seguindo os preceitos da religião judaica. Então os quatro irmãos, que moram em diversos cantos do país, se juntam à mãe na casa onde cresceram para se submeter a essa cruel tortura. Para quem aprendeu a vida inteira a reprimir as emoções, um convívio tão longo pode ser enlouquecedor. Com seu desfile de incidentes inusitados e tragicômicos, Sete dias sem fim é o livro mais bem-sucedido de Jonathan Tropper. Uma história hilária e emocionante sobre amor, casamento, divórcio, família e os laços que nos unem – quer gostemos ou não."






Edição: 1
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580411553
Ano: 2013
Páginas: 304
Tradutor: Regina Lyra










Judd Foxman acaba de saber que sua mulher o trai com seu chefe e, por conta disso, vira um solteiro desempregado. Como se não bastasse, seu pai morre. Pra tudo ficar ainda pior, a família dele é obrigada a cumprir o shivá (sete dias reunidos) e isso quer dizer que todos tem que conviver! Isso pode parecer simples para algumas pessoas mas para Judd (e sua família) isso é quase impossível! Judd tem dois irmãos (um mais velho, um mais novo) e uma irmã mais velha. Quando crianças, eram unidos. Depois de crescidos, se afastaram totalmente e nem sequer conseguem construir um diálogo. 
O convívio os obriga a conversarem e se aturarem, mas isso acaba fazendo com que Judd reencontre o conforto. Afinal, ele não tem mais outra família. Incrível ver como essa obrigação os torna novamente a família de antes, com seus defeitos e diferenças. 

A relação de Judd com sua ex-mulher é um ponto importante do livro, pois ele está dividido entre tentar perdoá-la ou odiá-la e fazer da vida dela um inferno. Ao longo da história vamos presenciando as suas mudanças de pensamento, a mudança de rotina... Muito interessante. 

O livro aborda realidades diferentes. O irmão mais novo de Judd é um solteirão e galinha convicto, e sua realidade é muito diferente da realidade de sua irmã, que é casada, tem filhos, e um marido que só liga para o trabalho. Essa diferença é muito legal de ser analisada, pois todos foram criados igualmente mas cada um tem um gênio, uma vida totalmente distinta da dos irmãos.

O que me decepcionou um pouco (pra variar) foi o final. Esperei muito por nada. Final meio aberto, meio sem fim. Parece que Tropper cansou de escrever e colocou um ponto final na história. Sei lá, foi a minha impressão. Não gosto desses livros que deixam pra imaginação do leitor, pois se eu tivesse uma imaginação fértil escreveria meu próprio romance rsrs. 


✩✩✩✩ - Muito Bom

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

[RESENHA] As Quatro Cartas de Camila - Lano Andrado

"Camila (2001), em seu quarto, escreve quatro cartas. Depois de enviá-las, ao final da música O Mundo É um Moinho, puxa uma arma da gaveta e se mata. A notícia se espalha pelo bairro e chegar até Heitor, seu amor na adolescência e hoje casado com Lia, melhor amiga de ambos na época. No enterro de Camila, Heitor volta em pensamento a 1991, ao exato momento em que a conhecera na casa de Lia. Em meio à bagunça dos anos 90, uma linda história de amor parecia caminhar em direção a um final feliz, mas, de forma inexplicável, Camila casa-se com Rubem, principal desafeto de Heitor, surpreendendo a todos e um ano depois Heitor casa-se com Lia. Camila muda-se com o marido para S. Catarina e só retorna dez anos depois para efetuar o ato descrito no primeiro capítulo. De volta a 2001, Heitor deixa o cemitério e tenta retomar a velha rotina ao lado da esposa, porém quando o fantasma do passado começava a adormecer mais uma vez na vida do casal, uma carta chega revelando fatos surpreendentes. Heitor toma conhecimento de que é pai de Ingrid, filha de Camila. O casamento de Heitor entra em crise quando começa a ficar evidente a sua vontade de lutar pela guarda da menina. Ele então decide viajar até S. Catarina para conhecer Ingrid mesmo a contragosto da esposa. Agora, trancado em seu carro, em frente ao portão de sua casa, vendo Lia na janela com os olhos de adeus, Heitor vacilava se deveria trocar o certo pelo duvidoso. É nesse clima que seu pensamento ganha asas novamente e voa até 1991, desta vez até uma festa na casa de Lia, onde presentes também estavam Camila e Rubem, então namorados. Entre amigos, bebidas e músicas, Heitor chega ao quarto de Lia, onde por acaso encontra Camila. Após alguns minutos de conversa a vontade subjuga a razão e eles transam ali mesmo. No dia seguinte Camila parte com Rubem para S. Catarina e o pensamento de Heitor volta para o carro onde estava (2001). Heitor liga o rádio e parte com o carro, ao som de C’est La Vie (Emerson, Lake e Palmer), em busca de respostas que mudariam definitivamente sua vida. E era só a primeira carta."









Edição: 2
Editora: Clube dos Autores
ISBN: 0
Ano: 2012
Páginas: 207









As Quatro Cartas de Camila foi uma surpresa! Passei a conhecer o livro quando entrei no site Clube de Autores e li sua sinopse. Me senti muito atraída pelo conteúdo. Assim que tive o livro em mãos, comecei a devorá-lo... 

No início, uma narrativa séria, logo que ficamos sabendo do suicídio de Camila. Logo depois, a história volta no tempo e vai para 1991, quando os personagens já conhecidos por nós no início do livro são adolescentes. O que achei muito interessante foi a mudança da narrativa. Quando estamos na década de 90, onde todos são adolescentes, a narrativa é leve, cheia de gírias... parece que estamos lendo um YA. Porém, quando a narrativa volta para 2001, ano em que todos se encontram vivenciando a fase adulta e a tragédia, temos uma história séria, seca. 
Alguns mistérios são jogados pelo autor e o maior deles é o relacionamento entre Heitor e Camila (e Lia, coitada...). O que esse casal está passando não é nada fácil.

Outro ponto muito interessante é que o autor conversa com o leitor. Em vários momentos me imaginei ouvindo o autor contar a história pra mim, pelo modo como redigiu o livro.

Os personagens criado por Lano nos trazem sentimentos: amei alguns, odiei outros. Em alguns momentos mudei de opinião sobre alguns deles... Já o final da história fica a critério de vocês :) Espero que gostem e que curtam esse novo autor e espero também que ele faça muito sucesso com As Quatro Cartas de Camila!

✩✩✩✩ - Muito Bom

P.S.: Para saber mais sobre o autor entre em www.lanoandradoescritor.blogspot.com.br :)

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

[RESENHA] Misery / Angústia - Stephen King

"Paul Sheldon, um famoso escritor, tem sua vida transformada em um pesadelo sem fim, quando em uma terrível nevasca perde a direção do carro e sofre um acidente horrível, quebrando uma perna, deslocando a bacia e esmagando o joelho. Mas o pior ainda estava por vir. Pois ele é ajudado por sua fã nº 1, que colocará em cárcere o pobre escritor, até que ele escreva um final feliz para Misery Chastain, sua personagem preferida."









Edição: 2

Editora: Suma de Letras
ISBN: 9788581052144
Ano: 2014
Páginas: 328
Tradutor: Elton Mesquita









Nunca tinha lido algo de Stephen King (ok, me matem!) e, apaixonada por suspense como sou, não resisti e passei um exemplar dele na frente dos que se encontram na minha lista de próximas leituras. Achei a história de Misery (ou Angústia) muito interessante e acabei que não conseguia largar o livro. Porém, quanto mais eu lia, mais problemas eu tinha... Não queria terminar o livro, sabia que sentiria falta dos personagens!
O livro conta a história de um escritor famoso que sofre um acidente e é socorrido por sua fã número 1, Annie. Acredito que Annie tenha resgatado Paul realmente para ajudá-lo e só mudou de ideia ao ler o último livro da série Misery, da qual ela era muito fã. Como não gostou do final do livro (Paul matou Misery) ela enlouquece e o mantém em cativeiro para que ele escreva uma continuação...
Acontece que Paul está em estado lastimável de saúde e sofre muito com os maus tratos de Annie.
Em uma de suas tentativas de fuga, Paul e descoberto e leva um grande castigo por conta disso.
Paul percebe também que Annie não bate bem do juízo e que nunca ninguém vem visitá-la. Ela, inclusive, acaba dizendo que foi absolvida de um crime, o que faz com que ele perceba que está, realmente, em perigo.

A escrita de King é repugnante em alguns momentos. Muito detalhista, faz com que nos sintamos dentro da história. Muitas vezes me senti como que assistindo a um filme de terror, do qual quero fechar os olhos e pular a cena, o que era impossível em se tratando de um livro. Foi esse tipo de escrita que me fascinou e me tornou uma fã de King. O próximo livro dele que lerei (acredito que O Iluminado) já entrou para minha lista de próximas leituras breves, pois me senti meio órfã do autor quando terminei o livro.

O que achei mais incrível ainda é que o livro inteiro se passa na casa de Annie, onde Paul está preso e, mesmo assim, não me senti, em nenhum momento, entediada.

Procurando sobre filmes no Filmow, vi que existe um filme baseado no livro, chamado Louca Obsessão, de 1990. A história já sei que é boa, o que resta ver é se foi bem dirigido... Outra coisa legal dos livros do King é que a maioria vira filme (eba!!!).

Preciso continuar dizendo o quanto amei?!



✩✩✩✩✩ - Ótimo

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

[RESENHA] A Redoma de Vidro (The Bell Jar) - Sylvia Plath

"A redoma de vidro é um livro, embora não auto-biográfico, relata as experiências vividas por Plath em certas fases de sua vida. Com um pseudôminio de Esther Greenwood, Plath revela o tempo em que buscou com avidez o suicídio sem êxito e experiências de eletroconvulsoterapia que passou em hospitais psiquiátricos. Um mês após a publicação de The Bell Jar, A Redoma de Vidro, Plath comete suicídio."







Edição: 1
Editora: Record
ISBN: 850105139X
Ano: 1999
Páginas: 268
Tradutor: Beatriz Horta






TENSO.





Um livro extraordinário! 
Sabe quando você começa a ler o livro já sabendo do que se trata e tomando todo o cuidado necessário para não se deixar envolver demais e... não deu. Simples assim.
Procurei esse livro por muito tempo, mas está totalmente esgotado em todos os lugares. Eis que, passeando pelas estantes da biblioteca municipal, me deparo com a joia rara! Devorei! 
No início do livro, pensei: "tudo o que me disseram é mentira! Como um livro tão jovem e alegre como esse pode ser o livro pesado que todos falam? 

Começo dizendo que o livro foi escrito na década de 60, mas a escrita é tão simples e fácil que parece um livro contemporâneo. Ele começa contando a história de Esther, uma aluna brilhante, que só tira notas excelentes, aprovada com bolsas nas melhores faculdades e que, no momento, está fazendo estágio em Nova Iorque, em uma revista famosa. Aí já começam as semelhanças: Sylvia também trabalhava em uma revista adolescente, a Seventeen, quando tinha mais ou menos a mesma idade de Esther, 19/20 anos. 
Ela e mais algumas garotas recebem de parceiros da revista onde trabalham maquiagens, roupas, etc. Têm também que comparecer aos desfiles, jantares de gala... Enfim, vida de puro luxo. Quem não estaria feliz com tal condição? Esther. 

No início, parece tudo muito simples... Ela não está feliz, prefere ficar no apartamento, etc. A transformação da personagem é tão sutil que não chegamos a perceber, exatamente, quando ela passa de uma garota comum para uma louca. Ela começa a perceber que não está realmente bem quando fica dias (eu digo: semanas) sem dormir. Não come. Não consegue se concentrar na leitura, na escrita... 
Até que ela vai ao psiquiatra e ele diz que ela deve ser internada. A partir de então, passamos a viver a realidade de Esther dentro do hospital psiquiátrico com suas novas companheiras. 
O que me chocou foi ver a diferença de mundos. Nova Iorque... Hospício! 
As amizades. Meninas populares e riquinhas... Loucas! 
Esse livro chega a incomodar o leitor. Queremos ajudar Esther, que tentou se matar várias vezes e que tem esse conflito enorme dentro de sua cabeça. Incomoda por vermos o que a mente é capaz de fazer com alguém. Pior, saber que um mês após a publicação desse livro, Sylvia Plath se suicidou. Ou seja, provavelmente o livro é tão real porque tudo aquilo ERA REAL! Ela conta todos os conflitos internos, seus pensamentos... 
Nessa segunda parte da história me lembrei muito de um livro que li ainda esse ano, "Garota, Interrompida". Parecia que estava relendo o romance... Então, pra quem gostou, fica a dica de mais um extraordinário romance sobre a loucura. 


 Skoob.
 ✩✩✩✩✩ - Ótimo

terça-feira, 26 de agosto de 2014

[RESENHA] Não Se Apega, Não - Isabela Freitas

"Desapegar: remover da sua vida tudo que torne o seu coração mais pesado. Loucos são os que mantêm relacionamentos ruins por medo da solidão. Qual é o problema de ficar sozinha? Que me desculpe o criador da frase “você deve encontrar a metade da sua laranja”. Calma lá, amigo. Eu nem gosto de laranja. O amor vem pros distraídos.
Tudo começa com um ponto-final: a decisão de terminar um namoro de dois anos com Gustavo, o namorado dos sonhos de toda garota. As amigas acharam que Isabela tinha enlouquecido, porque, afinal de contas, eles formavam um casal PER-FEI-TO! Mas por trás das aparências existia uma menina infeliz, disposta a assumir as consequências pela decisão de ficar sozinha. Estava na hora de resgatar o amor-próprio, a autoconfiança e entrar em contato com seus próprios desejos. Parece fácil, mas atrapalhada do jeito que é, Isabela precisa primeiro lidar com o assédio de um primo gostosão, das tentações da balada e, principalmente, entender que o príncipe encantado é artigo em falta no mercado. Isabela Freitas, em seu primeiro livro, narra os percalços vividos por sua personagem para encarar a vida e não se apegar ao que não presta, ainda assim, preservando seu lado romântico."









Edição: 1
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580575330
Ano: 2014
Páginas: 256








Como descrever esse livro? Uma tentativa da autora de atingir todos à sua volta. Se conseguiu? Eu acho que não.
Como você faria para acabar com seu ex-namorado sem descer do salto? Escreveria um livro onde contasse todos os defeitos dele e, inclusive, como você acabou com ele quando ele implorou a volta do relacionamento.
Como você faria para acabar com suas amigas falsas e mostrar pra elas que elas não são nada pra você? Escreveria um livro onde contasse como foi insignificante a passagem dessas pessoas pela sua vida e como, na verdade, você agradece por não mais desfrutar da companhia delas.
Como você mostra para todas as pessoas que te odeiam que você é super resolvida, inteligente, etc? Escreve um livro onde conta todas as suas qualidades e "mascara" seus defeitos. (afinal, "acreditar muito nas pessoas" é um defeito que ela cita, arg!).
Como fortalecer suas amizades e seu namoro? Escrever um livro onde você fala como seus amigos são importantes e como eles te entendem e como você não viveria sem eles. 
Acho que já deu pra entender onde eu quero chegar, não deu?!
Emprestei esse livro de uma amiga minha que acabou de terminar um relacionamento e se identificou com a personagem do livro. A personagem, pra quem não sabe, é a própria autora, Isabela, e o livro conta a história da vida dela e das coisas que ela aprendeu com seu relacionamento com Gustavo. 
Aí comecei a ler e pensei: como uma garota de 20 e poucos anos pode escrever um livro falando para os outros como se corportar? Sabe? O que ela sabe da vida? Garota, você não viveu nada!!! Por favor!
O livro inteiro fala sobre desapego: de namorados, ficantes, amizades... A personagem (autora) é uma viciada em relacionamentos e, no final do livro, fala que está super bem solteira e que precisa experimentar essa nova vida que nunca teve. Ok... terminei o livro e fui entrar no instagram dela pra ver a sua "carinha" e me deparei com O QUÊ?! Uma foto dela com o namorado!!! Pois é! E pior: comemorando o aniversário de um ano de namoro! Gente!!! O livro inteiro pregando o desapego e depois ela me vem com essa? Pelo jeito ela não aprendeu nada, né?
A história é boba, essas comédias românticas YA... A leitura é fácil e flui muito bem. Pra quem acabou de terminar um relacionamento, acredito que vá se identificar. Afinal, ela dá um UP no astral da garota que tá na deprê. Mas aí é que me identifiquei menos ainda: namoro há 3 anos e meio e não acho que meu namorado seja o babaca-que-todo-homem-esconde que ela mostra no livro. Enfim... cada cabeça uma sentença.
Vi muitos amando o livro e o que eu penso disso é: ou não sacaram a real intenção da autora (porque pra mim ficou muito óbvio que é atingir as pessoas), ou gostam dela pelo seu trabalho de blogueira e tal e, como fãs, amaram o livro. Não sei, será que estou tão errada assim?!


✩✩ - Regular
(dei regular pois, se esquecermos que se trata de uma história "real", dá pra ler pra passar o tempo.)

terça-feira, 19 de agosto de 2014

[RESENHA] Livro e filme: Bonequinha de Luxo - Truman Capote

"Em Bonequinha de Luxo, novela de 1958, escrita com mão levíssima, o escritor norte-americano Truman Capote acompanha as estrepolias de Holly Golightly, a jovem que escapa da vida besta do interior para tentar a sorte na Nova York dos anos da Segunda Guerra. Moça de hábitos e horários nada ortodoxos, Holly põe em polvorosa uma galeria de personagens que vai de um mafioso preso a um escritor inédito, passando por um fotógrafo japonês, uma modelo gaga e uma cantora rouca – para não falar de um certo diplomata brasileiro. Tudo isso sem abandonar a visão de uma vida de luxo, calma e volúpia, se possível bem longe do Texas e bem perto da joalheria Tiffany’s. Celebrizada nas telas de cinema por Audrey Hepburn no filme homônimo de Blake Edwards, Holly é uma das criações mais felizes de Capote, mistura inextricável de ninfa diáfana e moça roçuda, tão viva e sedutora hoje como quase meio século atrás."








 Edição: 1
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 9788535907568
Ano: 2005
Páginas: 145







 O LIVRO

O livro narra a história de Holly, uma prostituta de luxo. Por mais que no livro, em nenhum momento, fale que ela é uma prostituta, podemos perceber através de algumas cenas onde ela fala que recebeu dinheiro de seus acompanhantes e muitas vezes foge dos senhores (digo senhores pela idade, sim!) com quem costuma sair. O livro é narrado por "Fred" (que é o nome do irmão da Holly e, por este homem ser parecido com ele, ela decide que o chamará de Fred), um jovem que se muda para o apartamento no andar superior ao dela e, como ela é muito desligada e sempre esquece as chaves de casa, vive interfonando para que Fred abra a porta. E é nesse meio em que Fred se apaixona pela garota. 
A personagem é muito complexa, porém, na narrativa simples de Capote, não conseguimos captar toda a sua complexidade. O livro é tão simples e fácil de ser lido que não conseguimos perceber todos os dramas e tragédias existentes na história. Chega um momento em que pensamos estar se tratando de uma comédia romântica, mas o livro é bem mais que isso. 
Holly fugiu de casa aos 14 anos, juntamente com seu irmão que, no momento em que o livro é narrado, se encontra no exército. Holly, hoje, tem 19 anos e é livre, leve e solta. Gosta de viver sozinha, tomar conta de si mesma e não se apegar com ninguém. E ela também tem um gato (<3), que nem nome tem. Ela diz que o gato não pertence à ela e ela não pertence à ele: são independentes. 
Enfim, durante o livro conhecemos o passado de Holly, sua personalidade fora do normal e seu interesse pelos homens mais ricos do mundo (e do Brasil, pois é!).
Achei muito interessante, mas só fui conseguir pegar a real essência da história assistindo ao filme. E então...

Skoob.
✩✩✩✩ - Muito bom.


O FILME


Confesso, gostei mais do filme que do livro. A escrita leve de Capote faz com que não percebamos a tragédia da história e como ela é complexa. No início, achei o filme MUITO fiel ao livro. As falas as cenas... parecia que estava lendo tudo de novo. Mas o final muda um pouco.

A atuação de Audrey Hepburn é excepcional! Ela conseguiu captar a essência da personagem e é impossível pensar na Bonequinha de Luxo e não lembrar de Audrey. 

No livro, não há romance entre Holly e "Fred" (narrador), ele simplesmente é apaixonado por ela e a admira muito. Mas no filme, o romance entre os dois é constante, o que me fez adorar ainda mais, pois senti falta desse romance no livro. E gente, isso é um spoiler muuuuuuito fraco, ok? Tem muita coisa mais interessante no livro tirando o romance dos dois. Mas eu, romântica que só, senti o amor do cara por ela e também senti dó... Dó por ele, tão certinho, se apaixonar por uma garota da vida. 

O final do filme é muito diferente do final do livro e... eu AMEI! O livro é bom também, mas me senti mais feliz vendo o final do filme (até chorei). 






quarta-feira, 13 de agosto de 2014

[RESENHA] Seis Anos Depois - Harlan Coben

"Jake Fisher e Natalie Avery se conheceram no verão. Eles estavam em retiros diferentes, porém próximos um do outro. O dele era para escritores; o dela, para artistas. Eles se apaixonaram e, juntos, viveram os melhores meses de suas vidas. E foi por isso que Jake não entendeu quando Natalie decidiu romper com ele e se casar com Todd, um ex-namorado. No dia do casamento, ela pediu a Jake que os deixasse em paz e nunca mais voltasse a procurá-la.
Jake tentou esconder seu coração partido dedicando-se integralmente à carreira de professor universitário e assim manteve sua promessa... durante seis anos. Ao ver o obituário de Todd, Jake não resiste e resolve se reaproximar de Natalie. No enterro, em vez de sua amada, encontra uma viúva diferente e logo descobre que o casamento de Natalie e Todd não passou de uma farsa. Agora ele está decidido a ir atrás dela, esteja onde estiver, mas não imagina os perigos que envolvem procurar uma pessoa que não quer ser encontrada. Em Seis Anos Depois Harlan Coben usa todo o seu talento para criar uma trama sensacional sobre um amor perdido e os segredos que ele esconde."






Edição: 1
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580412536
Ano: 2014
Páginas: 272
Tradutor: Ricardo Quintana





 
O livro inteiro é contado em primeira pessoa, o que deu um toque à mais na narrativa. Sabemos, assim, as dúvidas do personagem, os delírios, etc. Mais um suspense de Harlan que me deixa intrigada até o final do livro. Porém, encontrei alguns pontos positivos e negativos. Como fã do Harlan Coben e já tendo lido vários de seus livros, sei que este não é o melhor (que continua sendo Cilada e Não Conte a Ninguém), mas também está longe dos piores. 

A trama se inicia com a paixão de Jake por Natalie e com a promessa que Jake fez de deixá-la em paz, depois que a mesma o abandonou e casou com Todd, um ex-namorado. Acontece que, seis anos depois da promessa (e do casamento), Jake fica sabendo da morte de Todd e vai até o enterro, mas não encontra Natalie. Ao invés disso, encontra uma outra viúva, com dois filhos em torno de 16/17 anos. Aí a gente começa a pensar: Caramba! Só fazem seis anos que Natalie se casou, ou seja, esses filhos já existiam antes do casamento. Mas Todd é um ex-namorado, o que dá a entender que o relacionamento dos dois havia sido recente. Tudo complica quando Jake fica sabendo que Todd nunca foi separado da viúva que ele encontrou no enterro e que ela, de maneira nenhuma, acredita que ele se casou com outra mulher. 

E aí começam os mistérios e, como é de praxe nas histórias do autor, um atrás do outro... Isso faz com que não consigamos largar o livro até a última página. O problema é que, quando Jake começa a procurar saber o paradeiro de Natalie, passa a sofrer ameaças de pessoas que não conhece e recebe uma mensagem por e-mail com a seguinte frase: Não esqueça do que prometeu (ou algo assim rs). Porém, teimoso que só ele (e apaixonado também) Jake não desiste de encontrar seu amor. O que ele tem que sofrer por conta desse amor é muito pesado e ele nem tem ideia disso.

Enfim, o livro é bom, vale a pena! 
O que acho que pode acontecer é que os fãs de Harlan vão sentir falta de algo a mais... Alguns pontos que foram dados sem nós, sabe? O que com certeza passará despercebido pra quem não está acostumado com o autor, pois o livro é bom. Quem está acostumado, começa a ler o livro e pega todos os mínimos detalhes esperando uma resposta, e esse livro falta algumas... Se você não é uma dessas pessoas, não vai entender nada do que falei aqui hahaha mas, é isso!

Espero que tenham gostado e que se interessem pelo livro.

✩✩✩✩ - Muito Bom.

CURIOSIDADES 

Harlan Coben estará na Bienal do Livro em São Paulo no dia 23/08 e o autor autografará dois livros por pessoa, sendo que um deles deverá ser "Seis anos depois". Serão distribuídas 200 senhas no próprio dia 23/8 – a partir das 8 horas em frente ao portão 2.







sexta-feira, 8 de agosto de 2014

[RESENHA] Ele Está de Volta - Timur Vermes

"Berlim, 2011. Adolf Hitler acorda num terreno baldio. Vivo. As coisas mudaram: não há mais Eva Braun, nem partido nazista, nem guerra. Hitler mal pode identificar sua amada pátria, infestada de imigrantes e governada por uma mulher. As pessoas, claro, o reconhecem — como um imitador talentoso que se recusa a sair do personagem. Até que o impensável acontece: o discurso de Hitler torna-se um viral, um campeão de audiência no YouTube, ele ganha o próprio programa de televisão e todos querem ouvi-lo. Tudo isso enquanto tenta convencer as pessoas de que sim, ele é realmente quem diz ser, e, sim, ele quer mesmo dizer o que está dizendo. Ele está de volta é uma sátira mordaz sobre a sociedade contemporânea governada pela mídia. Uma história bizarramente inteligente, bizarramente engraçada e bizarramente plausível contada pela perspectiva de um personagem repulsivo, carismático e até mesmo ridículo, mas indiscutivelmente marcante."









Edição: 1
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580575293
Ano: 2014
Páginas: 304
Tradutor: Petê Rissati







Esse livro me cansou tanto que até demorei pra criar coragem de fazer essa resenha. E por essa frase vocês já sabem minha opinião né? 

Mais uma vez, acho que peguei o livro em um momento errado. Porque a ideia é realmente boa, mas, por algum motivo, eu não conseguia ler mais de 5 páginas sem morrer de sono. Cansativo em algumas partes e, logo, você vai entender o porquê. Como já leram na sinopse, Hitler acorda em um terreno baldio em 2011. O problema é que ele não consegue entender isso! Mesmo quando descobre que está em 2011, ele quer que as pessoas continuem o saldando com "Heil Hitler"! O foco da narrativa é nos mostrar como um chefe de Estado tão forte como foi Hitler, pode passar a ser um ninguém sem seus companheiros políticos e o povo.
O que eu consegui captar no enredo foi essa principal mensagem: o povo é o poder! Sem nós, eles não são nada! Nada aconteceria sem a vontade do povo alemão, afinal, foi o povo que o elegeu! Esse comentário lembra algo, não? Nós elegemos os monstros do país!

Mas, deixando pra lá a filosofia e a política... 
Ao ler a sinopse, imaginei que teria uma coisa e tive outra. Acho que esse foi o ponto principal na minha decepção. Achei que seria algo mais trágico e menos teórico. Sim, temos muitos e muitos momentos históricos, onde ele conta sobre os membros de seu partido e sobre o momento da Alemanha no início da guerra e blablabla. Essas partes me deixavam muito cansada e logo abandonava o livro. 
Por outro lado, temos vários momentos hilários e interessantes, como quando ele tenta explicar que realmente é o Hitler e, claro, ninguém acredita. E também quando ele dá seus discursos e todos acreditam se tratar de um dos melhores intérpretes do mundo.

Separei um trecho do livro onde podemos "sentir" a personalidade forte de Hitler:

"- Quantas bombas ainda teríamos que lançar nas cidades deles até entenderem que são nossos amigos?"

Aqui, uma garota que, de maneira nenhuma, conseguia acreditar que ele era ELE mesmo:

" - O Senhor também fez alguma coisa, não fez?
- Fiz?
- Essa semelhança, por favor! Todo mundo quer saber quem conseguiu isso. 
- Cara senhora, não tenho a menor ideia do que está falando!
- De operações - retrucou ela, nervosa - E o senhor finge que não fizeram nada aí. Não seja ridículo!
- Claro que houve operações! - retruquei, irritado - Leão-Marinho, Barbarossa, Zitadelle..."


Neste último, ela fala de operações plásticas, enquanto ele, de operações da guerra. Essa confusão de diálogos também é muito comum no livro, uma vez que o Hitler não entende muitas coisas que acontecem hoje em dia, como, por exemplo, gírias e pra quê funciona uma TV ou um Smatphone.

Como disse anteriormente, a ideia do livro é muito boa, mas acho que esperava um pouco mais.

Ah, uma curiosidade! Ouvi dizer que esse livro faz muito sucesso na Alemanha, fazendo com que os alemães tirem sarro do Hitler por tudo o que ele fez. Críticos acreditam que seja uma maneira de tentar se "redimir" por tudo o que aconteceu. 

✩✩✩ - Bom.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

[OUTROS] Capa de Livro / Necessaire

Bom dia leitores do MAPL! Hoje venho com uma novidade que, por muito tempo, procurei para comprar em livrarias, sebos e lojas de artesanato, mas nunca encontrei do modelo ideal. Até que, depois de muito tempo, consegui um modelo exatamente como havia pensado. Estou falando dessa capa para livros da última foto. Ela é perfeita para colocar na bolsa/mochila, pois impede que o livro pegue a sujeira da bolsa e também que amasse! E ainda possui um marcador de fita! Não é demais?! 

E tem gente que prefere usar uma necessaire, assim como a da outra foto. Na foto ela esta sendo usada como necessaire normal, mas pode ser para guardar seu livro com seus marcadores na bolsa. Quem usa uma dessa é a Tatiana Feltrin, do TinyLittleThings, dá uma olhada: 


DETALHE IMPORTANTE!!!

Você ainda pode escolher a estampa, tornado a sua peça ÚNICA! Não é demais?! <3

Valores
Necessaire = R$ 15,00
Capa do livro = R$ 25,00

*Compre os dois por R$ 35,00!!!*

Quer saber como?! Entre em contato comigo pelos comentários do blog! Me mande seu e-mail que te envio as estampas ;) 


domingo, 3 de agosto de 2014

[RESENHA] Contos: A Bela e a Fera - Clarice Lispector / Antes do Baile Verde - Lygia Fagundes Telles

Boa tarde! Demorei um pouquinho para, finalmente, fazer a resenha desses livros de contos que emprestei na biblioteca. Ambos os livros foram indicados pela Tatiana Feltrin (TinyLittleThings) e, como tudo o que ela indica, são maravilhosos!
Confesso que contos nunca foi, pra mim, uma escolha voluntária. Eu não via sentido nenhum em pegar um livro de contos quando tinha tantas histórias a serem lidas. Mas acabei me interessando em especial por um conto do livro da Lygia, o "Venha Ver o Pôr do Sol". Quando procurei sobre esse conto na internet, vi que existiam várias peças de teatro baseadas nele e, aí, fiquei mais intrigada ainda. Fui até a biblioteca e decidi pegar o famoso "Antes do Baile Verde" e peguei também o "A Bela e a Fera" para conhecer um pouco a escrita da Clarice Lispector. Ambas foram escolhas ótimas.






No livro da Clarice, encontrei alguns contos confusos. Talvez seja porque não estou acostumada com sua escrita, talvez seja porque não tenho cabeça pra entender contos direito rs. Mas quase nunca sabia sobre o que realmente a autora estava falando e onde ela queria chegar. Depois, quando procurava as críticas dos contos na internet e passava a entender seu pensamento, aí SIM, passei a gostar. Mas, pra quem está começando nesse mundo de contos, como eu, acho que essa não é uma escolha muito boa. 
Não que Clarice Lispector seja ruim, pelo amor de Deus! Só achei um pouco difícil para iniciantes.

O oposto encontrei na escrita da Lygia. Logo no primeiro conto do livro me apaixonei pela autora. Como os leitores mais antigos do blog já sabem, sou apaixonada por um suspense e finais fascinantes e inesperados. E quase todos os contos desse livro possuem esses requisitos. Em vários contos, fiquei chocada com o final. Sempre um tom dramático, meio puxado para o terror, sabe? O cotidiano de muitos personagens visto de perto... visto de suas próprias consciências. Muito pessoal, muito íntimo. Fiquei muito feliz de conhecer a autora através deste livro! 

A Bela e a Fera
 
No livro da Clarice, o conto que mais gostei foi o que dá título ao livro, "A Bela e a Fera". O conto conta a história de uma senhora da alta sociedade, que não trabalha pois tem o dinheiro do marido. A única coisa que ela sabe fazer é ir à salões de beleza e frequentar bailes. Até que um dia ela se esbarra com um mendigo pedindo esmola e esse encontro muda completamente a sua visão do mundo. 
O que menos gostei foi "Delírio", que conta a história de uma pessoa que esta sendo medicada e sofre delírios por conta da medicação. Não achei nada de interessante, nem mesmo o personagem. 

 
Antes do Baile Verde

Encontrei muitos contos ótimos nesse livro e fica difícil falar sobre algum em especial mas, mesmo assim, amei o conto "Apenas um Saxofone", pois o final foi realmente... demais! Eu fiquei meio :O rs.
O que eu menos gostei foi "Meia Noite em Ponto em Xangai", mas foi por exclusão! haha De todos, simplesmente, esse foi o que menos vi sentido.

Não postei as edições dos livros aqui pois ambos são antigos e existem várias edições... Espero que gostem e que leiam! Afinal, contos são lidos rapidinho ;)

quinta-feira, 31 de julho de 2014

[TAG] Doenças Literárias



Boa noite pessoal! Como começou a faculdade e, consequentemente, a correria, ainda estou terminando o livro da próxima resenha, juntamente com os livros de contos que também postarei. Então, como não gosto de deixar o blog parado, pensei em responder uma TAG e a escolhida foi Doenças Literárias. Vamos lá!!!


Diabetes - Cite um livro muito doce


 "Diário de Uma Paixão", com certeza, foi o livro mais doce que li. Como não se apaixonar pelo amor eterno dos personagens? Aliás, Nicholas Sparks tem essa característica: ser muito doce. E esse foi um dos motivos de eu ter enjoado um pouco de seus livros. 






Catapora - Cite um livro que já leu e que não pretende reler



"Crepúsculo", absolutamente, nunca mais será lido por mim. Decidi lê-lo logo que foi publicado, quando ainda não era modinha. Enquanto estava lendo, o livro estourou. E comecei a me perguntar: o que será que tem no final desse livro? Porque não era possível que todo mundo estava amando a história que eu estava lendo. Mas... era só o amor pelo brilho do Edward. Arg!



Sinusite - Cite um livro que você vai reler constantemente



Não posso dizer que vou reler "Os Delírios de Consumo de Becky Bloom" constantemente porque, como já expliquei em outra TAG, eu raramente releio livros. Mas esse livro foi o livro mais engraçado que li na vida! Aliás, a série toda foi. E quando eu estiver pra baixo, vou pegar o livro pra lembrar da Becky, que se tornou minha personagem favorita, e de suas loucuras.





Gripe - Cite um livro que se espalhou feito um vírus


E tem como alguém discordar?! Poderia citar novamente Crepúsculo ou Jogos Vorazes e Cinquenta Tons de Cinza mas, como nunca li estes dois últimos, optei pelo "A Culpa É Das Estrelas". Pra mim, foi simplesmente mais um livro bonitinho e comum, pois não encontrei nele nenhum motivo para virar febre. Acho que muitos jovens que estão iniciando a leitura pegaram o livro e se depararam com o choque da morte na adolescência e talvez isso tenha sido o TCHAM do negócio. 



Asma - Cite um livro que tirou seu fôlego.


Interpretei esse  "tirou seu fôlego" como sendo algo que me fez ficar meio assustada e ansiosa pra terminar o livro e, assim, correr com a história. E assim foi "Cilada". Do começo ao fim, mistério atrás de mistério! Na minha opinião, dos livros que li, esse foi o melhor do autor. 

Caso você interprete o "tirou seu fôlego" como sendo um livro "lindo" (?), na minha opinião seria "O Casamento" do Nicholas Sparks, a continuação de "Diário de Uma Paixão".


Insônia - Cite um livro que tirou seu sono

Meu Deus! Quando li "Viva Para Contar", fiquei muito tempo com medo de dormir rs. O livro é pesado, não é pra qualquer um. Quando comecei a ler, pensei em parar, mas a história é tão boa que não consegui. Sabe aquele livro que, se você conta pra outra pessoa, ela fala: "ai credo, porque você tá lendo isso?". É esse! Mas também foi com esse livro que me apaixonei pela autora e fui correndo comprar o "Sangue Na Neve", que também é bom, mas nada perto de "Viva Para Contar". Esse livro também se encaixa no caso de ter perdido o sono por não conseguir parar de lê-lo ;)



Amnésia - Cite um livro que já leu e não se lembra bem da história




Confesso que isso acontece frequentemente comigo. Leio muitos livros, um atrás do outro, e muitas vezes histórias parecidas, o que faz com que me esqueça facilmente dos livros que li. Antes da era do Skoob e antes de eu passar a anotar os livros que li, já cheguei várias vezes a pegar um livro que já tinha lido e só descobrir isso no meio da história. "Marina" foi um livro que li muito rápido e lembro que gostei da história, mas não me lembro absolutamente nada dela! Nesta mesma resposta, preciso citar "Conte-me Seus Sonhos" do Sidney Sheldon, que sei que foi excelente, mas que não consigo me lembrar da história :(


Má nutrição - Cite um livro que você acha que faltou conteúdo para reflexão

Sophie Kinsella é a autora da série da Becky Bloom, motivo pelo qual me apaixonei por ela e por todos os livros que ela escreveu. Até que encontrei "Quem Vai Dormir Com Quem", que ela escreveu com seu pseudônimo Madeleine Wickham. Esse livro me decepcionou tanto! Falta de conteúdo, historinha água com açúcar, muito sessão da tarde, sabe? Esperava morrer de rir, o que não aconteceu. 

Também poderia citar aqui o livro do post anterior, "O Último Passageiro", mas acredito que o objetivo de uma TAG é falar sobre diferentes livros e, como a resenha dele é muito recente, escolhi outro pra resposta :)


Doenças de Viagem - Cite um livro que te levou para outra época, outro mundo ou outro lugar

Escolhi "Belle" porque ele preenche todos esses requisitos. Essa história me levou pra outra época e outro lugar. Uma sociedade suja! Um mundo de prostituição, de miséria... Uma outra realidade. Esse livro também mudou meu modo de ver várias situações e pessoas... Excelente!

Outros livros nos quais consegui viajar foram os da autora Rosamunde Pilcher. Ela é tão detalhista e descreve tão bem os lugares e até mesmo as sensações que me encontro nele. Quem nunca teve contato com a obra dela, não sabe o que está perdendo.



E é isso! Espero que tenham gostado das dicas! Obrigada!