terça-feira, 26 de agosto de 2014

[RESENHA] Não Se Apega, Não - Isabela Freitas

"Desapegar: remover da sua vida tudo que torne o seu coração mais pesado. Loucos são os que mantêm relacionamentos ruins por medo da solidão. Qual é o problema de ficar sozinha? Que me desculpe o criador da frase “você deve encontrar a metade da sua laranja”. Calma lá, amigo. Eu nem gosto de laranja. O amor vem pros distraídos.
Tudo começa com um ponto-final: a decisão de terminar um namoro de dois anos com Gustavo, o namorado dos sonhos de toda garota. As amigas acharam que Isabela tinha enlouquecido, porque, afinal de contas, eles formavam um casal PER-FEI-TO! Mas por trás das aparências existia uma menina infeliz, disposta a assumir as consequências pela decisão de ficar sozinha. Estava na hora de resgatar o amor-próprio, a autoconfiança e entrar em contato com seus próprios desejos. Parece fácil, mas atrapalhada do jeito que é, Isabela precisa primeiro lidar com o assédio de um primo gostosão, das tentações da balada e, principalmente, entender que o príncipe encantado é artigo em falta no mercado. Isabela Freitas, em seu primeiro livro, narra os percalços vividos por sua personagem para encarar a vida e não se apegar ao que não presta, ainda assim, preservando seu lado romântico."









Edição: 1
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580575330
Ano: 2014
Páginas: 256








Como descrever esse livro? Uma tentativa da autora de atingir todos à sua volta. Se conseguiu? Eu acho que não.
Como você faria para acabar com seu ex-namorado sem descer do salto? Escreveria um livro onde contasse todos os defeitos dele e, inclusive, como você acabou com ele quando ele implorou a volta do relacionamento.
Como você faria para acabar com suas amigas falsas e mostrar pra elas que elas não são nada pra você? Escreveria um livro onde contasse como foi insignificante a passagem dessas pessoas pela sua vida e como, na verdade, você agradece por não mais desfrutar da companhia delas.
Como você mostra para todas as pessoas que te odeiam que você é super resolvida, inteligente, etc? Escreve um livro onde conta todas as suas qualidades e "mascara" seus defeitos. (afinal, "acreditar muito nas pessoas" é um defeito que ela cita, arg!).
Como fortalecer suas amizades e seu namoro? Escrever um livro onde você fala como seus amigos são importantes e como eles te entendem e como você não viveria sem eles. 
Acho que já deu pra entender onde eu quero chegar, não deu?!
Emprestei esse livro de uma amiga minha que acabou de terminar um relacionamento e se identificou com a personagem do livro. A personagem, pra quem não sabe, é a própria autora, Isabela, e o livro conta a história da vida dela e das coisas que ela aprendeu com seu relacionamento com Gustavo. 
Aí comecei a ler e pensei: como uma garota de 20 e poucos anos pode escrever um livro falando para os outros como se corportar? Sabe? O que ela sabe da vida? Garota, você não viveu nada!!! Por favor!
O livro inteiro fala sobre desapego: de namorados, ficantes, amizades... A personagem (autora) é uma viciada em relacionamentos e, no final do livro, fala que está super bem solteira e que precisa experimentar essa nova vida que nunca teve. Ok... terminei o livro e fui entrar no instagram dela pra ver a sua "carinha" e me deparei com O QUÊ?! Uma foto dela com o namorado!!! Pois é! E pior: comemorando o aniversário de um ano de namoro! Gente!!! O livro inteiro pregando o desapego e depois ela me vem com essa? Pelo jeito ela não aprendeu nada, né?
A história é boba, essas comédias românticas YA... A leitura é fácil e flui muito bem. Pra quem acabou de terminar um relacionamento, acredito que vá se identificar. Afinal, ela dá um UP no astral da garota que tá na deprê. Mas aí é que me identifiquei menos ainda: namoro há 3 anos e meio e não acho que meu namorado seja o babaca-que-todo-homem-esconde que ela mostra no livro. Enfim... cada cabeça uma sentença.
Vi muitos amando o livro e o que eu penso disso é: ou não sacaram a real intenção da autora (porque pra mim ficou muito óbvio que é atingir as pessoas), ou gostam dela pelo seu trabalho de blogueira e tal e, como fãs, amaram o livro. Não sei, será que estou tão errada assim?!


✩✩ - Regular
(dei regular pois, se esquecermos que se trata de uma história "real", dá pra ler pra passar o tempo.)

terça-feira, 19 de agosto de 2014

[RESENHA] Livro e filme: Bonequinha de Luxo - Truman Capote

"Em Bonequinha de Luxo, novela de 1958, escrita com mão levíssima, o escritor norte-americano Truman Capote acompanha as estrepolias de Holly Golightly, a jovem que escapa da vida besta do interior para tentar a sorte na Nova York dos anos da Segunda Guerra. Moça de hábitos e horários nada ortodoxos, Holly põe em polvorosa uma galeria de personagens que vai de um mafioso preso a um escritor inédito, passando por um fotógrafo japonês, uma modelo gaga e uma cantora rouca – para não falar de um certo diplomata brasileiro. Tudo isso sem abandonar a visão de uma vida de luxo, calma e volúpia, se possível bem longe do Texas e bem perto da joalheria Tiffany’s. Celebrizada nas telas de cinema por Audrey Hepburn no filme homônimo de Blake Edwards, Holly é uma das criações mais felizes de Capote, mistura inextricável de ninfa diáfana e moça roçuda, tão viva e sedutora hoje como quase meio século atrás."








 Edição: 1
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 9788535907568
Ano: 2005
Páginas: 145







 O LIVRO

O livro narra a história de Holly, uma prostituta de luxo. Por mais que no livro, em nenhum momento, fale que ela é uma prostituta, podemos perceber através de algumas cenas onde ela fala que recebeu dinheiro de seus acompanhantes e muitas vezes foge dos senhores (digo senhores pela idade, sim!) com quem costuma sair. O livro é narrado por "Fred" (que é o nome do irmão da Holly e, por este homem ser parecido com ele, ela decide que o chamará de Fred), um jovem que se muda para o apartamento no andar superior ao dela e, como ela é muito desligada e sempre esquece as chaves de casa, vive interfonando para que Fred abra a porta. E é nesse meio em que Fred se apaixona pela garota. 
A personagem é muito complexa, porém, na narrativa simples de Capote, não conseguimos captar toda a sua complexidade. O livro é tão simples e fácil de ser lido que não conseguimos perceber todos os dramas e tragédias existentes na história. Chega um momento em que pensamos estar se tratando de uma comédia romântica, mas o livro é bem mais que isso. 
Holly fugiu de casa aos 14 anos, juntamente com seu irmão que, no momento em que o livro é narrado, se encontra no exército. Holly, hoje, tem 19 anos e é livre, leve e solta. Gosta de viver sozinha, tomar conta de si mesma e não se apegar com ninguém. E ela também tem um gato (<3), que nem nome tem. Ela diz que o gato não pertence à ela e ela não pertence à ele: são independentes. 
Enfim, durante o livro conhecemos o passado de Holly, sua personalidade fora do normal e seu interesse pelos homens mais ricos do mundo (e do Brasil, pois é!).
Achei muito interessante, mas só fui conseguir pegar a real essência da história assistindo ao filme. E então...

Skoob.
✩✩✩✩ - Muito bom.


O FILME


Confesso, gostei mais do filme que do livro. A escrita leve de Capote faz com que não percebamos a tragédia da história e como ela é complexa. No início, achei o filme MUITO fiel ao livro. As falas as cenas... parecia que estava lendo tudo de novo. Mas o final muda um pouco.

A atuação de Audrey Hepburn é excepcional! Ela conseguiu captar a essência da personagem e é impossível pensar na Bonequinha de Luxo e não lembrar de Audrey. 

No livro, não há romance entre Holly e "Fred" (narrador), ele simplesmente é apaixonado por ela e a admira muito. Mas no filme, o romance entre os dois é constante, o que me fez adorar ainda mais, pois senti falta desse romance no livro. E gente, isso é um spoiler muuuuuuito fraco, ok? Tem muita coisa mais interessante no livro tirando o romance dos dois. Mas eu, romântica que só, senti o amor do cara por ela e também senti dó... Dó por ele, tão certinho, se apaixonar por uma garota da vida. 

O final do filme é muito diferente do final do livro e... eu AMEI! O livro é bom também, mas me senti mais feliz vendo o final do filme (até chorei). 






quarta-feira, 13 de agosto de 2014

[RESENHA] Seis Anos Depois - Harlan Coben

"Jake Fisher e Natalie Avery se conheceram no verão. Eles estavam em retiros diferentes, porém próximos um do outro. O dele era para escritores; o dela, para artistas. Eles se apaixonaram e, juntos, viveram os melhores meses de suas vidas. E foi por isso que Jake não entendeu quando Natalie decidiu romper com ele e se casar com Todd, um ex-namorado. No dia do casamento, ela pediu a Jake que os deixasse em paz e nunca mais voltasse a procurá-la.
Jake tentou esconder seu coração partido dedicando-se integralmente à carreira de professor universitário e assim manteve sua promessa... durante seis anos. Ao ver o obituário de Todd, Jake não resiste e resolve se reaproximar de Natalie. No enterro, em vez de sua amada, encontra uma viúva diferente e logo descobre que o casamento de Natalie e Todd não passou de uma farsa. Agora ele está decidido a ir atrás dela, esteja onde estiver, mas não imagina os perigos que envolvem procurar uma pessoa que não quer ser encontrada. Em Seis Anos Depois Harlan Coben usa todo o seu talento para criar uma trama sensacional sobre um amor perdido e os segredos que ele esconde."






Edição: 1
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580412536
Ano: 2014
Páginas: 272
Tradutor: Ricardo Quintana





 
O livro inteiro é contado em primeira pessoa, o que deu um toque à mais na narrativa. Sabemos, assim, as dúvidas do personagem, os delírios, etc. Mais um suspense de Harlan que me deixa intrigada até o final do livro. Porém, encontrei alguns pontos positivos e negativos. Como fã do Harlan Coben e já tendo lido vários de seus livros, sei que este não é o melhor (que continua sendo Cilada e Não Conte a Ninguém), mas também está longe dos piores. 

A trama se inicia com a paixão de Jake por Natalie e com a promessa que Jake fez de deixá-la em paz, depois que a mesma o abandonou e casou com Todd, um ex-namorado. Acontece que, seis anos depois da promessa (e do casamento), Jake fica sabendo da morte de Todd e vai até o enterro, mas não encontra Natalie. Ao invés disso, encontra uma outra viúva, com dois filhos em torno de 16/17 anos. Aí a gente começa a pensar: Caramba! Só fazem seis anos que Natalie se casou, ou seja, esses filhos já existiam antes do casamento. Mas Todd é um ex-namorado, o que dá a entender que o relacionamento dos dois havia sido recente. Tudo complica quando Jake fica sabendo que Todd nunca foi separado da viúva que ele encontrou no enterro e que ela, de maneira nenhuma, acredita que ele se casou com outra mulher. 

E aí começam os mistérios e, como é de praxe nas histórias do autor, um atrás do outro... Isso faz com que não consigamos largar o livro até a última página. O problema é que, quando Jake começa a procurar saber o paradeiro de Natalie, passa a sofrer ameaças de pessoas que não conhece e recebe uma mensagem por e-mail com a seguinte frase: Não esqueça do que prometeu (ou algo assim rs). Porém, teimoso que só ele (e apaixonado também) Jake não desiste de encontrar seu amor. O que ele tem que sofrer por conta desse amor é muito pesado e ele nem tem ideia disso.

Enfim, o livro é bom, vale a pena! 
O que acho que pode acontecer é que os fãs de Harlan vão sentir falta de algo a mais... Alguns pontos que foram dados sem nós, sabe? O que com certeza passará despercebido pra quem não está acostumado com o autor, pois o livro é bom. Quem está acostumado, começa a ler o livro e pega todos os mínimos detalhes esperando uma resposta, e esse livro falta algumas... Se você não é uma dessas pessoas, não vai entender nada do que falei aqui hahaha mas, é isso!

Espero que tenham gostado e que se interessem pelo livro.

✩✩✩✩ - Muito Bom.

CURIOSIDADES 

Harlan Coben estará na Bienal do Livro em São Paulo no dia 23/08 e o autor autografará dois livros por pessoa, sendo que um deles deverá ser "Seis anos depois". Serão distribuídas 200 senhas no próprio dia 23/8 – a partir das 8 horas em frente ao portão 2.







sexta-feira, 8 de agosto de 2014

[RESENHA] Ele Está de Volta - Timur Vermes

"Berlim, 2011. Adolf Hitler acorda num terreno baldio. Vivo. As coisas mudaram: não há mais Eva Braun, nem partido nazista, nem guerra. Hitler mal pode identificar sua amada pátria, infestada de imigrantes e governada por uma mulher. As pessoas, claro, o reconhecem — como um imitador talentoso que se recusa a sair do personagem. Até que o impensável acontece: o discurso de Hitler torna-se um viral, um campeão de audiência no YouTube, ele ganha o próprio programa de televisão e todos querem ouvi-lo. Tudo isso enquanto tenta convencer as pessoas de que sim, ele é realmente quem diz ser, e, sim, ele quer mesmo dizer o que está dizendo. Ele está de volta é uma sátira mordaz sobre a sociedade contemporânea governada pela mídia. Uma história bizarramente inteligente, bizarramente engraçada e bizarramente plausível contada pela perspectiva de um personagem repulsivo, carismático e até mesmo ridículo, mas indiscutivelmente marcante."









Edição: 1
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580575293
Ano: 2014
Páginas: 304
Tradutor: Petê Rissati







Esse livro me cansou tanto que até demorei pra criar coragem de fazer essa resenha. E por essa frase vocês já sabem minha opinião né? 

Mais uma vez, acho que peguei o livro em um momento errado. Porque a ideia é realmente boa, mas, por algum motivo, eu não conseguia ler mais de 5 páginas sem morrer de sono. Cansativo em algumas partes e, logo, você vai entender o porquê. Como já leram na sinopse, Hitler acorda em um terreno baldio em 2011. O problema é que ele não consegue entender isso! Mesmo quando descobre que está em 2011, ele quer que as pessoas continuem o saldando com "Heil Hitler"! O foco da narrativa é nos mostrar como um chefe de Estado tão forte como foi Hitler, pode passar a ser um ninguém sem seus companheiros políticos e o povo.
O que eu consegui captar no enredo foi essa principal mensagem: o povo é o poder! Sem nós, eles não são nada! Nada aconteceria sem a vontade do povo alemão, afinal, foi o povo que o elegeu! Esse comentário lembra algo, não? Nós elegemos os monstros do país!

Mas, deixando pra lá a filosofia e a política... 
Ao ler a sinopse, imaginei que teria uma coisa e tive outra. Acho que esse foi o ponto principal na minha decepção. Achei que seria algo mais trágico e menos teórico. Sim, temos muitos e muitos momentos históricos, onde ele conta sobre os membros de seu partido e sobre o momento da Alemanha no início da guerra e blablabla. Essas partes me deixavam muito cansada e logo abandonava o livro. 
Por outro lado, temos vários momentos hilários e interessantes, como quando ele tenta explicar que realmente é o Hitler e, claro, ninguém acredita. E também quando ele dá seus discursos e todos acreditam se tratar de um dos melhores intérpretes do mundo.

Separei um trecho do livro onde podemos "sentir" a personalidade forte de Hitler:

"- Quantas bombas ainda teríamos que lançar nas cidades deles até entenderem que são nossos amigos?"

Aqui, uma garota que, de maneira nenhuma, conseguia acreditar que ele era ELE mesmo:

" - O Senhor também fez alguma coisa, não fez?
- Fiz?
- Essa semelhança, por favor! Todo mundo quer saber quem conseguiu isso. 
- Cara senhora, não tenho a menor ideia do que está falando!
- De operações - retrucou ela, nervosa - E o senhor finge que não fizeram nada aí. Não seja ridículo!
- Claro que houve operações! - retruquei, irritado - Leão-Marinho, Barbarossa, Zitadelle..."


Neste último, ela fala de operações plásticas, enquanto ele, de operações da guerra. Essa confusão de diálogos também é muito comum no livro, uma vez que o Hitler não entende muitas coisas que acontecem hoje em dia, como, por exemplo, gírias e pra quê funciona uma TV ou um Smatphone.

Como disse anteriormente, a ideia do livro é muito boa, mas acho que esperava um pouco mais.

Ah, uma curiosidade! Ouvi dizer que esse livro faz muito sucesso na Alemanha, fazendo com que os alemães tirem sarro do Hitler por tudo o que ele fez. Críticos acreditam que seja uma maneira de tentar se "redimir" por tudo o que aconteceu. 

✩✩✩ - Bom.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

[OUTROS] Capa de Livro / Necessaire

Bom dia leitores do MAPL! Hoje venho com uma novidade que, por muito tempo, procurei para comprar em livrarias, sebos e lojas de artesanato, mas nunca encontrei do modelo ideal. Até que, depois de muito tempo, consegui um modelo exatamente como havia pensado. Estou falando dessa capa para livros da última foto. Ela é perfeita para colocar na bolsa/mochila, pois impede que o livro pegue a sujeira da bolsa e também que amasse! E ainda possui um marcador de fita! Não é demais?! 

E tem gente que prefere usar uma necessaire, assim como a da outra foto. Na foto ela esta sendo usada como necessaire normal, mas pode ser para guardar seu livro com seus marcadores na bolsa. Quem usa uma dessa é a Tatiana Feltrin, do TinyLittleThings, dá uma olhada: 


DETALHE IMPORTANTE!!!

Você ainda pode escolher a estampa, tornado a sua peça ÚNICA! Não é demais?! <3

Valores
Necessaire = R$ 15,00
Capa do livro = R$ 25,00

*Compre os dois por R$ 35,00!!!*

Quer saber como?! Entre em contato comigo pelos comentários do blog! Me mande seu e-mail que te envio as estampas ;) 


domingo, 3 de agosto de 2014

[RESENHA] Contos: A Bela e a Fera - Clarice Lispector / Antes do Baile Verde - Lygia Fagundes Telles

Boa tarde! Demorei um pouquinho para, finalmente, fazer a resenha desses livros de contos que emprestei na biblioteca. Ambos os livros foram indicados pela Tatiana Feltrin (TinyLittleThings) e, como tudo o que ela indica, são maravilhosos!
Confesso que contos nunca foi, pra mim, uma escolha voluntária. Eu não via sentido nenhum em pegar um livro de contos quando tinha tantas histórias a serem lidas. Mas acabei me interessando em especial por um conto do livro da Lygia, o "Venha Ver o Pôr do Sol". Quando procurei sobre esse conto na internet, vi que existiam várias peças de teatro baseadas nele e, aí, fiquei mais intrigada ainda. Fui até a biblioteca e decidi pegar o famoso "Antes do Baile Verde" e peguei também o "A Bela e a Fera" para conhecer um pouco a escrita da Clarice Lispector. Ambas foram escolhas ótimas.






No livro da Clarice, encontrei alguns contos confusos. Talvez seja porque não estou acostumada com sua escrita, talvez seja porque não tenho cabeça pra entender contos direito rs. Mas quase nunca sabia sobre o que realmente a autora estava falando e onde ela queria chegar. Depois, quando procurava as críticas dos contos na internet e passava a entender seu pensamento, aí SIM, passei a gostar. Mas, pra quem está começando nesse mundo de contos, como eu, acho que essa não é uma escolha muito boa. 
Não que Clarice Lispector seja ruim, pelo amor de Deus! Só achei um pouco difícil para iniciantes.

O oposto encontrei na escrita da Lygia. Logo no primeiro conto do livro me apaixonei pela autora. Como os leitores mais antigos do blog já sabem, sou apaixonada por um suspense e finais fascinantes e inesperados. E quase todos os contos desse livro possuem esses requisitos. Em vários contos, fiquei chocada com o final. Sempre um tom dramático, meio puxado para o terror, sabe? O cotidiano de muitos personagens visto de perto... visto de suas próprias consciências. Muito pessoal, muito íntimo. Fiquei muito feliz de conhecer a autora através deste livro! 

A Bela e a Fera
 
No livro da Clarice, o conto que mais gostei foi o que dá título ao livro, "A Bela e a Fera". O conto conta a história de uma senhora da alta sociedade, que não trabalha pois tem o dinheiro do marido. A única coisa que ela sabe fazer é ir à salões de beleza e frequentar bailes. Até que um dia ela se esbarra com um mendigo pedindo esmola e esse encontro muda completamente a sua visão do mundo. 
O que menos gostei foi "Delírio", que conta a história de uma pessoa que esta sendo medicada e sofre delírios por conta da medicação. Não achei nada de interessante, nem mesmo o personagem. 

 
Antes do Baile Verde

Encontrei muitos contos ótimos nesse livro e fica difícil falar sobre algum em especial mas, mesmo assim, amei o conto "Apenas um Saxofone", pois o final foi realmente... demais! Eu fiquei meio :O rs.
O que eu menos gostei foi "Meia Noite em Ponto em Xangai", mas foi por exclusão! haha De todos, simplesmente, esse foi o que menos vi sentido.

Não postei as edições dos livros aqui pois ambos são antigos e existem várias edições... Espero que gostem e que leiam! Afinal, contos são lidos rapidinho ;)