terça-feira, 24 de junho de 2014

[RESENHA] Orgulho e Preconceito - Jane Austen e Minissérie BBC.

"Na Inglaterra do final do século XVIII, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de vinte anos, uma das cinco filhas de um espirituoso, mas imprudente senhor, no entanto, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy e defender suas posições com perfeita lucidez de uma filósofa liberal da província. Lizzy é uma espécie de Cinderela esclarecida, iluminista, protofeminista. Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína — recompensada, ao final, com uma felicidade que não lhe parecia possível na classe em que nasceu."










Edição: 1
Editora: L&PM Pocket
ISBN: 9788525419644
Ano: 2010
Páginas: 400
Tradutor: Celina Portocarrero



Orgulho e Preconceito sempre foi um livro que quis ler, desde que tinha 13 anos e ouvi uma moça na biblioteca falando que era o melhor livro que ela já havia lido. Porém, era muito nova na época e, pelo título, pensava se tratar de algo meio político. Demorei muito tempo para lê-lo, pois fui criando interesse por outros tipos de livros e, quando decidi ler clássicos, finalmente o li. Me arrependi de decidir lê-lo apenas com 20 anos, pois se tornou o melhor livro da minha vida! (Por enquanto rs). Peguei o livro na biblioteca porque pensei: "não vou comprar esse livro, porque se não gostar, não vou vender nunca", já que ele está em todas as bibliotecas. Li em três dias e em semana de provas da faculdade!!! Já conversei com várias pessoas que pensaram se tratar de algo político também, mas é um romance muito lindo. E quando eu digo romance, quero dizer romance romântico.

A história se passa no final do século XVIII na Inglaterra, onde o status da família importava muito mais que seu caráter. A personagem principal da trama é Elizabeth Bennet, uma moça de 20 anos, segunda filha entre 5 garotas e muito inteligente. A mãe das meninas é uma senhora irritante que só pensa em se livrar das filhas, casando-as com jovens afortunados. O pai é um ser extremamente engraçado, com suas tiradas sábias. Esta é a família Bennet, família não muito rica, porém da alta sociedade, o que fazia com que fosse sempre convidada para os bailes que ocorriam na cidade. Lembando que, na época, a herança da família era herdada apenas por homens e, tendo apenas cinco filhas, o Sr. Bennet terá que entregar tudo o que tem ao seu primo mais próximo. Não tendo mais para onde correr, a solução para a riqueza das meninas é se casar com jovens da alta sociedade.

A personagem Elizabeth desenvolvida por Jane Austen é de uma extrema inteligência, tem sua própria filosofia de vida e fala o que pensa sem se importar com as consequências de suas palavras. Consegue fazer com que todas as damas da alta sociedade a odeiem, mas com que todos os jovens se apaixonem, já que não era comum as mulheres serem inteligentes, tinham apenas que saber tocar, cantar, etc. Até que Elizabeth ganha o amor do mais rico jovem de Londres, Mr. Darcy, inteligente e charmoso. Todas as moças são apaixonadas por ele, menos ela, que o acha arrogante e orgulhoso. O que mais me encantou no livro foi o relacionamento de Elizabeth com Darcy, desde o primeiro encontro, onde Darcy a acha desleixada até o último momento do livro. O modo como Darcy se apaixona é mostrado ao leitor lentamente, sendo que não conseguimos definir um momento exato em que o sentimento dele passa de repulsa à paixão. Em um momento, ele não a suporta e, em outro, está apaixonado. A gente pensa "ué, como assim? É da mesma pessoa que estamos falando?!".

O título do livro não podia se encaixar melhor no romance, uma vez que o orgulho se alterna entre os personagens da história, afinal, quem não é orgulhoso em algum momento da vida?! O preconceito fica claro entre as famílias menos e mais afortunadas, como é o caso dos dois personagens principais.
Ah, como não se apaixonar? Por Lizzy, por Darcy, por Jane Austen.

A MINISSÉRIE

Não me aguentando de curiosidade, fui procurar a aclamada minissérie produzida pela BBC, em 1995, de seis episódios. Depois de começar a assistir, não consegui mais parar, mesmo já sabendo a história. É fascinante. O link do primeiro episódio está aqui :D



Skoob.
✩✩✩✩✩ - Ótimo




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